Etimologia
O nome do país deriva da
ilha com o mesmo nome - Ilha de Moçambique. Esta ilha da província
de Nampula, localizada no norte do país, foi descoberta por Vasco da Gama em
1498.
Foi considerada pela UNESCO,
em 1991, Patrimonio Mundial da Humanidade. A ilha pode ainda ser
considerada como o berço da unidade territorial que constitui atualmente a
nação moçambicana.
O nome da ilha e do país
deriva de um dos primeiros mercadores árabes, anterior à conquista
portuguesa, Mussa-bin-Mbiki, que em português soa “Moçambique”.
No entanto, as "crianças
guias" na Ilha de Moçambique, contam aos turistas
que o nome Moçambique surgiu do nome de três meninos que Vasco da Gama
encontrou a pescar na Ilha.
Chegada:
Os
primeiros habitantes de Moçambique eram caçadores e coletores, ancestrais de
povos Khoisani. Entre o primeiro e quarto século DC, povos falantes da língua
Bantu migraram do norte através do vale do Rio Zambeze passando gradualmente
para os planaltos e as áreas costeiras. Os Bantu eram agricultores e ferreiros.
Os
Portugueses chegaram à costa oriental de África no início do século 16,
desalojando governantes Árabes de muitas das vilas. Eles estabeleceram
feitorias ao longo da faixa costeira. Após tentativas falhadas para penetrar no
interior (particularmente para controlar as minas de ouro e prata no que é hoje
o Zimbabwe), eles fizeram um esforço concertado para conquistar o interior nos
finais do século 19. Em 1914 os Portugueses conseguiram a “ocupação efetiva”
requerida pelas autoridades Europeias em 1885 na Conferência de Berlim para
justificar os direitos de império.
Em
contraste com as políticas das outras autoridades coloniais em África depois de
1945, a ditadura de Salazar em Portugal (1932-1968) estava determinada a
continuar nas colónias do País. A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo)
formada em 1962 dirigiu a luta pela independência. Seguido ao golpe militar em
Portugal em 1974, foi estabelecido um Governo de Transição Portugueses/Frelimo,
e em 1975 o País tornou-se independente tendo a Frelimo assumido o poder, e seu
lider, Samora Machel, tornou-se o primeiro presidente.
Inicialmente,
a Frelimo seguia as políticas Marxista-Leninista, e foi violentamente combatida
pela Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), movimento formado em 1976/7
sob a direção Rodesiana. Quando o regime minoritário da Rodésia foi retirado do
poder, a Renamo passou a ser apoiada pela África do Sul, como parte da
estratégia para aniquilar as políticas e economias de governos negros “estados
da linha da frente” nas suas fronteiras.
O cansaço
da Guerra e mudanças políticas na África do Sul e Moçambique – incluindo a
mudança da FRELIMO da doutrina Marxista-Leninista – ajudou a trazer o acordo de
paz, assinado em Roma entre a FRELIMO e a Renamo em 1992. O fim da Guerra
civil, facilitada pelos Moçambicanos e pela comunidade internacional, é
considerada como um dos maiores exemplos de sucesso de resolução de conflito em
África.
Independência:
A Guerra da Independência de Moçambique,
também conhecida (em Moçambique) como Luta
Armada de Libertação Nacional, bem
como Guerra Colonial Portuguesa foi um conflito armado entre as forças da guerrilha da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e
as Forças Armadas de Portugal.
Oficialmente, a guerra teve início a 25 de
Setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai no então distrito (atualmente
província) de Cabo Delgado, e terminou com um cessar-fogo a 8 de
Setembro de 1974, resultando numa
independência negociada em 1975.
Ao
longo dos seus quatro séculos de presença em território africano, a primeira vez
que Portugal teve que enfrentar guerras de
independência, e forças de guerrilha, foi em 1961, na Guerra de Independência de Angola.
Em Moçambique, o conflito começou em 1964, resultado da frustração e agitação
entre os cidadãos moçambicanos, contra a forma de administração estrangeira, que
defendia os interesses econômicos portugueses na região. Muitos moçambicanos
ressentiam-se das políticas portuguesas em relação aos nativos. Influenciados
pelos movimentos de autodeterminação africanos
do pós-guerra, muitos moçambicanos tornaram-se,
progressivamente, nacionalistas e, de forma crescente, frustrados pelo
contínuo servilismo da sua nação às regras exteriores. Por outro lado, aqueles
moçambicanos mais cultos, e integrados no sistema social português implementado
em Moçambique, em particular os que viviam nos centros urbanos, reagiram
negativamente à vontade, cada vez maior, de independência. Os portugueses
estabelecidos no território, que incluíam a maior parte das autoridades,
responderam com um incremento da presença militar e com um aumento de projetos
de desenvolvimento.
Um exílio em massa
de políticos da intelligentsia de Moçambique para países vizinhos
providenciou-lhes um ambiente ideal no qual radicais moçambicanos podiam
planear ações, e criar agitação política, no seu país de origem. A criação da
organização de guerrilha moçambicana FRELIMO e o apoio da União Soviética, China e
Cuba, por meio do
fornecimento de armamento e de instrutores, levaram ao surgimento da violência
que continuaria por mais uma década.
Do ponto de vista
militar, o contingente militar português foi sempre superior durante todo o
conflito contra as forças de guerrilha. Embora em desvantagem, as forças da
FRELIMO saíram vitoriosas, após a Revolução dos Cravos em Lisboa, a 25 de Abril de 1974, que acabou com o regime ditatorial em Portugal. Moçambique acabaria por
obter a sua independência em 25 de Junho de 1975, após mais de 400 anos de
presença portuguesa nesta região de África. De
acordo com alguns historiadores da Revolução Portuguesa do 25 de Abril, este golpe
de Estado militar foi
impulsionado principalmente pelo esforço de guerra e impasses políticos nos
diversos territórios ultramarinos de Portugal, pelo
desgaste do regime então vigente e pela pressão internacional.
Capital:
Maputo
Maputo (até 1976 Lourenço Marques) é a capital e
a maior cidade de Moçambique.
É também o principal centro financeiro, corporativo e mercantil do país. Localiza-se na margem
ocidental da Baía
de Maputo, no extremo sul do país, perto da fronteira com a África do Sul e, da fronteira com a Suazilândia e, por conseguinte, da tripla
fronteira dos três países.
Até 13 de
março de 1976 a cidade era denominada "Lourenço Marques" em homenagem ao explorador
português homônimo.
A cidade constitui
administrativamente um município com um governo eleito e tem também,
desde 1980, o estatuto de
província. Não deve
ser confundida com a província de Maputo que
ocupa a parte mais meridional do território moçambicano, excetuando a cidade de
Maputo.
O município tem
uma área de 346,77 km e uma população de 1 094 315 (Censo de
2007) o que representa um aumento
de 13,2% em dez anos. A sua área metropolitana, que inclui o município da Matola, tem uma
população de 1 766 823 habitantes (Censo 2007).
Foi fundada em 1782, na forma de uma feitoria com o nome de Lourenço Marques. Em 1877 foi elevada a vila e em 10 de
Novembro de 1887 a cidade, por meio de um Decreto do Rei de Portugal (formalmente intitulado Decreto Régio).
Deste modo, esta última data é o "feriado municipal". E em 1898 tornou-se a capital da colónia portuguesa de Moçambique.
A partir dos anos 1940 e 50, do século XX,
e, sobretudo ao longo dos anos 1960 e 70, a cidade expandiu-se comercial,
industrial e residencialmente, beneficiando do crescimento económico e investimento
que a colónia então sofreu.
A cidade passou a
designar-se Maputo depois da independência nacional, uma decisão anunciada pelo
então presidente Samora
Machel num comício a 3 de
Fevereiro de 1976 e formalizada em 13 de Março. O nome provém do Rio Maputo,
que marca parte da fronteira sul do país e que, durante a guerra pela independência de
Moçambique, adquirira grande ressonância através do slogan "Viva Moçambique unido do Rovuma
ao Maputo" (o Rovuma é o rio que forma a fronteira com a Tanzânia,
a norte). Com a independência, a cidade sofreu um imenso afluxo populacional,
devido à guerra civil travada no interior do país (1976-1992) e à falta de
infraestruturas nas zonas rurais. O natural crescimento demográfico faria
também com que a cidade se transformasse muito ao longo dos anos 1980 e 90.
Para além destas duas designações, a cidade e a sua área
também foram conhecidas por outros nomes, tais como Baía da Lagoa, Xilunguíne ou Chilunguíne (local onde se fala a língua portuguesa), Mafumo, Camfumo ouCampfumo (do clã dos M'pfumo,
o reino mais importante que existia nesta região), Delagoa e Delagoa
Bay, sendo esta designação mais conhecida internacionalmente pelo menos até
aos primeiros anos do século XX.
Entre 1980 e 1988
a cidade de Maputo incluiu a cidade da Matola, formando o Grande Maputo, com uma área de
633 km².
A partir de 2010,
o distrito municipal nº 1 foi nomeado KaM'pfumo, celebrando assim aquele nome
histórico.
Grupos
étnicos:
Os
principais grupos são os Macua no norte do país, os Sena e os Ndau que ocupam
grande parte do vale do Zambeze e os Changana no sul.
Os
povos que habitam atualmente Moçambique são incluídos no grande grupo dos
Bantu, que povoa quase toda a África a Sul do Sahara. Dentro deste grupo há
muitas subdivisões, ou etnias. Vejamos algumas noções elementares das
principais etnias de Moçambique, divididas, segundo muitos autores, em mais de
oitenta subgrupos.
A Norte do Zambeze
A partir do Rovuma, e da costa para o interior, situam-se quatro etnias que ofereceram grande resistência à penetração colonial:
Os Suahilis
ocupam, antes do mais, as feitorias costeiras entre Quionga e Quelimane, se bem que encontremos igualmente pequenas colónias muito mais a Sul. A sua importância na história de Moçambique deve-se, antes de tudo, à sua religião (Islamismo militante), às suas funções comerciais (no essencial o tráfico de escravos) e às suas alianças internacionais. Os Xeques Suahilis, navegantes e negreiros, têm em Moçambique um papel ambíguo - destruidores dos seus vizinhos africanos mas, igualmente, seus protetores perante a pressão portuguesa. Como sultões de Angoche, estiveram entre os mais determinados adversários da conquista.
Os Macuas-Lomués
constituem a mais numerosa etnia de Moçambique (3.000.000 em 1970), mas também a menos conhecida, a mais dividida e, provavelmente, a mais difícil de avaliar no plano da resistência. Inúmeros regulados, parcialmente Islamizados (principalmente os Macuas costeiros), deram simultaneamente aos Suahilis e aos Portugueses, escravos, mercenários e inimigos. Esses agricultores sem estados mostraram ser inimigos difíceis para os que queriam forçá-los. O termo “Macua” tinha frequentemente um certo significado de desprezo. Com efeito na linguagem corrente, M’ Makhuwa significa aquele que é selvagem, aquele que come ratos, aquele que anda nu. M’ Makhwa significa também aquele que vem do interior do país.
Os Macondes
No seu planalto a Sul do Rovuma, são a própria imagem da recusa da colonização. Esses guerreiros intransigentes (foi no seu território que a conquista terminou), numericamente reduzidos (175.000 em 1970) são, na realidade, agricultores alérgicos a toda e qualquer forma de autoridade e de influência estrangeira.
A Norte do Zambeze
A partir do Rovuma, e da costa para o interior, situam-se quatro etnias que ofereceram grande resistência à penetração colonial:
Os Suahilis
ocupam, antes do mais, as feitorias costeiras entre Quionga e Quelimane, se bem que encontremos igualmente pequenas colónias muito mais a Sul. A sua importância na história de Moçambique deve-se, antes de tudo, à sua religião (Islamismo militante), às suas funções comerciais (no essencial o tráfico de escravos) e às suas alianças internacionais. Os Xeques Suahilis, navegantes e negreiros, têm em Moçambique um papel ambíguo - destruidores dos seus vizinhos africanos mas, igualmente, seus protetores perante a pressão portuguesa. Como sultões de Angoche, estiveram entre os mais determinados adversários da conquista.
Os Macuas-Lomués
constituem a mais numerosa etnia de Moçambique (3.000.000 em 1970), mas também a menos conhecida, a mais dividida e, provavelmente, a mais difícil de avaliar no plano da resistência. Inúmeros regulados, parcialmente Islamizados (principalmente os Macuas costeiros), deram simultaneamente aos Suahilis e aos Portugueses, escravos, mercenários e inimigos. Esses agricultores sem estados mostraram ser inimigos difíceis para os que queriam forçá-los. O termo “Macua” tinha frequentemente um certo significado de desprezo. Com efeito na linguagem corrente, M’ Makhuwa significa aquele que é selvagem, aquele que come ratos, aquele que anda nu. M’ Makhwa significa também aquele que vem do interior do país.
Os Macondes
No seu planalto a Sul do Rovuma, são a própria imagem da recusa da colonização. Esses guerreiros intransigentes (foi no seu território que a conquista terminou), numericamente reduzidos (175.000 em 1970) são, na realidade, agricultores alérgicos a toda e qualquer forma de autoridade e de influência estrangeira.
Os Ajauas
(entre 100 a 200 mil em 1970), a Oeste do Lugenda, são principalmente agricultores e artífices que os lucros do tráfico de escravos transformaram num verdadeiro flagelo para os seus vizinhos de Oeste e do Sul. Estavam em contacto comercial com os Suahilis e adoptaram o Islão mais ou menos autêntico. Os regulados Ajauas viriam a ser dos mais hostis à influência da administração portuguesa e, depois, da Companhia do Niassa.
Estas quatro etnias do Norte têm poucas coisas em comum para além de terem oferecido a mais multiforme e mais longa resistência à colonização portuguesa em Moçambique.
Além destas quatro etnias, o Norte de Moçambique tem ainda:
um ramo do grupo Marave, a leste do lago Niassa - os Nhanjas
alguns núcleos de Angonis, ou melhor, de Angunizados, sem real significado demográfico.
O Eixo Zambeziano
Se descermos até ao Eixo Zambeziano, entraremos num verdadeiro arco-íris étnico a cuja decomposição vamos proceder de modo sumário.
Do mar para o interior, deparamos com aqueles que os etnógrafos, na falta de melhor, designam pelo nome genérico de Complexo Zambeziano ou, de maneira mais restritiva, de Povos do Baixo Zambeze (900.000 em 1970). Compreendem, sobre um fundo Marave, a Norte, e Chona, a Sul, numerosos e variados contributos (Macuas-Lomués, Suahilis, Portugueses, Indianos, etc.) e formam um conjunto mais ou menos mesclado. Encontramos aqui também os Sena e os Chuabo.
Além deste complexo, notamos, a Norte de Tete, os Maraves orientais (200.000 em 1970) e os Angonis (30.000 em 1970) na fronteira do Malawi.
A Sul do Zambeze
Os Chonas
(765.000 em 1970) são os herdeiros de povos que edificaram reinos importantes, como o Estado dos Muenemutapa, e com os quais os Portugueses entraram em contacto muito cedo (século XVI). Esses agricultores sofreram muito, no início do século XIX, com as invasões dos Angonis. O Reino do Barué, reconstituído efémera e tardiamente, procurou catalizar toda a resistência a Sul do Zambeze, mas falhou. Os outros estados Chonas desempenharam, nos séculos XIX e XX, um papel pouco importante. Foram, durante mais de duas gerações, tributários de um estado secundário muito importante e interessante, nascido da expansão Angune: Gaza.
Os Angonis
Os verdadeiros Angonis são, em Gaza, em pequeno número, mas o seu poderio e os recursos humanos do seu estado (900.000 a 1.000.000) foram suficientes par manter a independência de facto até 1895. Gaza, estado multinacional (Chonas no Norte, Tsongas no Sul e Angunizados no Sul), seria o núcleo da resistência do Barué.
Os Tsongas
(1.850.000) ocupam o Sul de Moçambique. São agricultores e pastores que sofreram de modo desigual a influência dos seus senhores ou vizinhos Angonis e dos Portugueses. Aqui, o factor determinante parece ter sido a atracção da África do Sul, para onde a emigração temporária em massa, há mais de um século, tivera consequências nas mentalidades, no nível de vida, na cultura, etc., mais intensas que em qualquer outro ponto de Moçambique.
Os Chopes
são hábeis agricultores que tiveram, já tarde, de sofrer as campanhas de exterminação dos Angonis e Angonizados de Gaza. A sua resistência aos Portugueses de Inhambane está, porém, bem atestada, mas foi anarquica. Mais tarde, forneceriam, nas mesmas condições que os Tsongas, o essencial dos trabalhadores migrantes para a África do Sul.
Os Bitongas
por vezes classificados entre os Chopes, nunca cessaram de estar sob a alçada dos Portugueses. Os Chopes e os Bitongas eram avaliados, conjuntamente, em 450.000 em 1970.
Este quadro esboçado em linhas gerais, revela pois, dez grupos etno-linguísticos distintos e mais um décimo-primeiro (o dos povos do Baixo Zambeze) que representa simplesmente, uma conveniência dos especialistas.
Este quadro completa-se com a simples menção de uma décima segunda componente do povo Moçambicano: os Asiáticos, ou mais precisamente os Indianos. Alguns dos representantes e descendentes destes Indianos desempenharam um importante papel na história da comquista da Zambézia. Durante muito tempo, encontramo-los em todas as feitorias e também no mato, ao passo que o povoamento português era ainda essencialmente urbano (exceptuando os oficiais-administradores).
Línguas:
As línguas de Moçambique são todas de origem bantu,
com exceção do português, que é a língua oficial, desde que o país se tornou independente, em 25 de junho de1975. O Ethnologue lista para
Moçambique 43 línguas, compiladas abaixo, das quais 41 são línguas bantu,
chamadas “línguas nacionais” na Constituição, e as restantes são o português e
a língua de sinais.
De acordo com o censo
populacional de 1997, as línguas mais faladas em Moçambique, como primeira
língua (Língua materna) são a emakhuwa,
com 26,3%, seguida da xichangana (11,4%)
e da elomwe (7,9%).
Moçambique é um “Palop” (pertencente
aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Duas das suas
cidades, Maputo, a capital, e a Ilha de Moçambique são igualmente membros
da União das Cidades Capitais
Luso-Afro-Américo-Asiáticas, também conhecida como “União das Cidades Capitais de Língua
Portuguesa”.
Moçambique, país que hoje possui
o português como sua língua oficial, tem em sua historia o domínio das dialéticas usadas pelos povos
indígenas africanos , que por motivos desconhecidos saiam de suas localidades a
busca de um novo local para se estabelecer, e encontraram na região Sul da
África onde se localiza Moçambique. Os primeiros habitantes de Moçambique foram
os Khoisam, que eram
caçadores-coletores. Moçambique tinha uma região com fertilidade, e havia,
portanto, condições para a fixação de povos caçadores-coletores e até
agricultores.
Moçambique durante um longo
período foi habitado por diferentes povos como, por exemplo, os San, Khoisan,
Bosquimanos e Bantu, em determinados momentos. As informações sobre este país
no período antecedente a colonização são poucas, mas é evidente que os antigos
habitantes da região tinham hábitos semelhantes e preservavam a pratica da
caça, e viviam do que encontravam. A base da economia dos habitantes era a
agricultura , mas também tecelagem e
metalurgia encontravam-se desenvolvidas,
para suprir necessidades familiares e o comércio era em troca direta. A
estrutura social era bastante simples – baseada em famílias de linhagem à qual
era reconhecido um chefe.
Com o tempo, o crescimento
demográfico, novas invasões e principalmente com a chegada de mercadores, a
estrutura social tornou-se mais complexa, com linhagens dominando outras e,
formando-se verdadeiros estados na região. Moçambique apresentava situações
adequadas para o mantimento dos povos que o habitam, um país que lhes dava possibilidade de continuar seus costumes e hábitos, de
história pouco conhecida no seu início.
Relação de línguas faladas em
Moçambique
O=Oficial C=
Reconhecida pelo Centro de Estudos de Línguas Moçambicanas (NELIMO)E=Alistada
no Ethnologue
Ethnologue: Languages
of the World é uma
publicação impressa e em linha do SIL
International, uma instituição linguística de princípios cristãos que estuda principalmente línguas minoritárias para propiciar a seus falantes textos bíblicos em sua língua
materna.
O Ethnologue
contém estatísticas para mais de seis mil línguas (na 15ª edição de 2005) e fornece dados
como números de falantes, localização geográfica, dialetos, genética, disponibilidade da Bíblia etc. Atualmente, constitui um dos mais
amplos inventários de idiomas existente, junto com o Registro Linguasphere.
·
C Bitonga
·
C Cibalke
·
C Cicopi
·
E Cidema
·
C Cinsenga
·
C Cinyanja
·
C Cinyungwe
·
E Ciphimbi
·
C Cisena
·
E Citawara
·
E Citewe
·
C Citshwa
·
C Ciyao
·
E Echirima
·
C Echuwabo
·
E Ekokola
·
C Ekoti
·
E Elolo
·
C Elomwe
·
E Emaindo
·
C Emakhuwa
·
E Emanyawa
·
E Emanyika
·
E Emarenje
·
E Emarevoni
·
E Emeetto
·
E Emoniga
·
E Enathembo
·
E Esaaka
·
E Etakwane
·
C Isizulu
·
E Kimakwe
·
C Kimwani
·
C Kiswahili
·
C Shimakonde
·
C Siswati
·
C Xingoni
·
C Xirhonga
·
C Xitsonga
Crioulos:
Com relação às línguas crioulas, a literatura é
um pouco maior, mesmo assim várias delas ainda estão por merecer uma descrição
mais acurada e profunda. Mas é impressionante e extensa a lista de línguas
crioulas que teriam no português a sua língua de base. Segundo nos informam
Tarallo e Alckmin(1987), na Ásia os crioulos portugueses seriam classificados
em três grupos:
1-o. Grupo: sino-português
2-o. Grupo: malaio- português
3-o. Grupo: indo-português
2-o. Grupo: malaio- português
3-o. Grupo: indo-português
Destes, o mais numeroso foi o terceiro
grupo – o da Índia – mas a maioria dessas línguas já está extinta.
Já na África, podemos, ainda segundo os
mesmos autores, apontar:
1. Crioulos portugueses do golfo da Guiné
2. Crioulo português das ilhas de Cabo Verde
3.Crioulo português da Guiné-Bissau
4.Crioulo português do Senegal
2. Crioulo português das ilhas de Cabo Verde
3.Crioulo português da Guiné-Bissau
4.Crioulo português do Senegal
Os que têm apresentado uma vitalidade
maior são os do golfo da Guiné, nas Ilhas de São Tomé e Príncipe, e o de Cabo
Verde. Nestes dois últimos casos, temos a língua crioula concorrendo com o
próprio português, que é a língua oficial.
Do ponto de vista sociolinguístico, a
grande questão que tais crioulos vivem diz respeito às condições de sua
sobrevivência. Línguas altamente estigmatizadas, só recentemente têm sido
recebidas e tomadas como símbolos de nacionalidade, ganhando escrita,
literatura, gramáticas, que são instrumentos poderosos de promoção e difusão
das línguas.
Indústria:
Verifica-se um grande desenvolvimento no setor
industrial, principalmente nas áreas de processamento de produtos agrícolas,
(para além dos têxteis e setor químico) visando à substituição de importações,
e colocando a produção para o mercado externo. Para isso, o governo está
reativando o Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia (FARE), condicionando o
apoio e estimulo na criação do empresariado nacional. A concessão de créditos
em boas condições aos pequenos empresários da agricultura, pesca e pequena
indústria e o financiamento das cantinas rurais estão entre as medidas tomadas
pelo Estado.
Tipos: Alimentos; Têxtil; Vestuário; Tabaco;
Química; Bebidas (cerveja).
Bandeira
Cinco cores que formalmente
significam:
Verde: A riqueza do solo;
Branca: A paz;
Preta: O continente africano;
Amarela: Os recursos minerais;
Vermelha: O Sangue derramado na luta de
resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação Nacional e a defesa da
soberania;
2 – Os Símbolos
A Estrela: Representa
a solidariedade entre os povos,
A Arma AK-47: Simboliza a luta armada e a defesa do país,
O Livro: A educação por um país melhor;
A Enxada: A agricultura;
A Arma AK-47: Simboliza a luta armada e a defesa do país,
O Livro: A educação por um país melhor;
A Enxada: A agricultura;
3 – Curiosidades
·
A
bandeira inclui uma imagem de uma AK-47 com uma baioneta anexada ao cano. É a
única bandeira nacional no mundo a contar com um rifle tão moderno.
·
Ela
é baseada na bandeira da Frente de Libertação de Moçambique e sofreu alterações
com o tempo.
Os primitivos
povos de Moçambique eram bosquímanos caçadores e recolhedores. As grandes
migrações entre 200/300 DC dos povos Bantu de hábitos guerreiros e oriundos dos
Grandes Lagos, forçaram a fuga destes povos primitivos para as regiões mais
pobres em recursos.
Antes do séc. VII, foram estabelecidos Entrepostos comerciais pelos Suahil-árabes na costa para trocar produtos do interior, fundamentalmente ouro e marfim por artigos de várias origens.
Antes do séc. VII, foram estabelecidos Entrepostos comerciais pelos Suahil-árabes na costa para trocar produtos do interior, fundamentalmente ouro e marfim por artigos de várias origens.
No final do séc. XV há uma penetração mercantil portuguesa, principalmente pela demanda de ouro destinado à aquisição das especiarias asiáticas.
Inicialmente, os Portugueses fixaram-se no litoral onde construíram as fortalezas de Sofala (1505), Ilha de Moçambique(1507). Só mais tarde através de processos de conquistas militares apoiadas pelas atividades missionárias e de comerciantes, penetraram para o interior onde estabelecerem algumas feitorias como a de Sena (1530), Quelimane (1544). O propósito, já não era o simples controlo do escoamento do ouro, mas sim de dominar o acesso às zonas produtoras do ouro. Esta fase da penetração mercantil é designada de fase de ouro. As outras duas últimas por fase de marfim e de escravos na medida em que os produtos mais procurados pelo mercantilismo eram exatamente o marfim e os escravos respectivamente. O escoamento destes produtos acabou sendo efetivado através do sistema de Prazos do vale do Zambeze que teriam constituído a primeira forma de colonização portuguesa em Moçambique. Os prazos eram uma espécie de feudos de mercadores portugueses que tinham ocupado uma porção de terra doada, comprada ou conquistada. A abolição do sistema prazeiro pelos decretos régios de 1832 e 1854 criou condições para a emergência dos Estados militares do vale do Zambeze que se dedicaram fundamental ao tráfego de escravos, mesmo após a abolição oficial da escravatura em 1836 e mais tarde em 1842. No contexto moçambicano as populações macúa-lómué foram as mais sacrificadas pela escravatura. Muitos deles foram exportadas para as ilhas Mascarenhas, Madagáscar, Zanzibar, Golfo Pérsico, Brasil e Cuba. Até cerca de 1850, Cuba constituía o principal mercado de escravos Zambezianos.
Com o advento da conferência de Berlim (1884/1885), Portugal foi forçado a realizar a ocupação efetiva do território moçambicano. Dada à incapacidade militar e financeira portuguesa, a alternativa encontrada foi o arrendamento da soberania e poderes de várias extensões territoriais a companhias majestáticas e arrendatárias. Companhia de Moçambique e a Companhia do Niassa são os exemplos típicos das companhias majestáticas. Companhia da Zambézia, Boror, Luabo, sociedade do Madal, Empresa agrícola do Lugela e a Sena Sugar Estates perfazem o exemplo des de companhias arrendatárias. O sistema de companhias foi usado no Norte do rio Save. E, estas dedicaram-se principalmente a uma economia de plantações e um pouco do tráfego de mão de obra para alguns Países vizinhos. O Sul do Rio Save (províncias de Inhambane, Gaza e Maputo) ficaram sob administração directa do Estado colonial. Nesta região do País foi desenvolvida basicamente uma economia de serviços assente na exportação da mão de obra para as minas sul-africanas e no transporte ferro-portuário via Porto de Maputo. Estada divisão económica regional explica a razão da actual simetria de desenvolvimento entre o Norte e o Sul do País.
A ocupação colonial não foi pacífica. Os moçambicanos impuseram sempre lutas de resistência com destaque para as resistências chefiadas por Mawewe, Muzila, Ngungunhane, Komala, Kuphula, Marave, Molid-Volay e Mataca. Na prática a chamada pacificação de Moçambique pelos portugueses só se deu no já no séc. XX.
A LUTA PELA INDEPÊNCIA
A opressão
secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano
a pegar em armas e lutar pela independência. A luta de libertação Nacional, foi
dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). Esta organização,
foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo,
nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU
(Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique
Independente). Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a
luta de libertação Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de
Chai na província de Cabo Delgado. O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo
Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969. A ele
sucedeu Samora Moisés Machel que proclamou a independência do País a 25 de
junho de 1975. Machel que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini,
vizinha África do Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que
por sua vez foi substituido pelo actual Presidente Armando Emílio Guebuza.
A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique). O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infraestruturas economicas só terminaria em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO. Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO que voltou a ganhar as segundas e terceira realizadas em 2000 e 2004.
A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique). O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infraestruturas economicas só terminaria em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO. Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO que voltou a ganhar as segundas e terceira realizadas em 2000 e 2004.
Cerca de 45% do
território moçambicano tem potencial para agricultura,
porém 80% dela são de subsistência. Há extração de madeira
das florestas nativas. A reconstrução da economia (após o fim da guerra civil em 1992, e das enchentes de 2000) é
dificultada pela existência de minas
terrestres não desativadas. O
Produto interno bruto de Moçambique estava estimado em US$
8,132 bilhões, em 2007. Calcula-se
que de uma população ativa de 8,4 milhões de pessoas, apenas 11,1% trabalham no
sector formal.
Principais
produtos agrícolas (dados de
2007)
Pecuária (dados de 2006)
Minérios: carvão, sal, grafite, bauxita, ouro pedras
preciosas e semipreciosas.
Possui também reservas de gás
natural e mármore.
O país tem um grande potencial turístico,
destacando-se as zonas propícias ao mergulho nos seus mais de 2 mil km de
litoral, e os parques e reservas
de animais no interior do
país. Para atrair investimentos estrangeiros, criou o Corredor de
Desenvolvimento de Nacala (CDN),
junto ao porto daquela cidade, com acesso rodoviário,
suprimento de energia elétrica, e com ligação por ferrovia até o vizinho Malaui.
POLÍTICA DE MOÇAMBIQUE
A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação
e que dirige a política de Moçambique desde a independência,
a 25 de Junho de1975. Em 1978, a Frelimo
tornou-se num partido político marxista-leninista e Samora
Machel ocupou a presidência
do país, num regime de partido único, desde a independência até à sua morte em 1986.
Em 1990, foi aprovada uma
nova constituição que transformou o estado numa democracia multipartidária. A Frelimo permaneceu
no poder, tendo ganhado por quatro vezes as eleições realizadas em 1994, 1999, 2004 e 2009. A Renamo é o principal partido da oposição.
De acordo com a constituição em vigor, o regime
político em Moçambique é presidencialista:
o chefe
de Estado é igualmente chefe
do governo. No entanto, existe desde 1985 o cargo de Primeiro
Ministro, que pode dirigir as sessões do Conselho de Ministros na ausência do presidente.
Para além do Presidente da República e dos membros do
parlamento, os presidentes e os membros das assembleias dos municípios e das províncias (desde 2009) são
igualmente eleitos democraticamente, para mandatos de
cinco anos.
Curiosidades
Etnias
Faz parte da história de Moçambique,
ser um porto de chegada de vários povos e culturas, destacando-se os povos
Bantu da África Central, Árabes, Indianos e Europeus. Diversas zonas de
comércio floresceram ao longo da costa de Moçambique, onde a influência Árabe,
nos portos, era forte e o Swahili era a língua franca do comércio, negociando
África, Oriente Médio, Ásia e Europa, o que originou uma mistura explosiva e
positiva, o Povo Moçambicano.
Os
povos Bantu que, não constituindo uma raça específica, mas um conjunto de
grupos com uma cultura comum e uma linguagem similar está na origem das etnias
dominantes e que se dividiram em vários subgrupos.
O
Norte de Moçambique, em grande parte, é a terra dos Macuas, que representam um
terço da população do país. Possuem uma cultura matrilinear e um chefe detentor
de todos os poderes.
Entre
os rios Zambeze e Save encontram-se os Shonas-Carangas, subdivididos em vários
grupos e fortemente influenciados por séculos de contacto com comerciantes
árabes e portugueses.
No
Sul dominam os Tongas. Têm uma família patrilinear com um grande chefe e chefes
territoriais subalternos.
O
Cristianismo, na sua interpretação católica, foi introduzida em Moçambique
pelos portugueses, no século XVI. O Cristianismo confunde-se com a história do
Império Romano e com a história do povo Judeu. Na sua origem, o Cristianismo
foi apontado como uma seita surgida do Judaísmo e terrivelmente perseguida.
Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4 a.C., na pequena cidade de
Belém, próxima de Jerusalém, os Romanos dominavam a Palestina. Os Judeus viviam
sob a administração de governadores Romanos e, por isso, aspiravam pela chegada
do Messias, como o enviado que os libertaria da dominação Romana. Até aos 30
anos Jesus viveu anónimo em Nazaré, cidade situada a norte de Israel. Aos 33
anos foi crucificado em Jerusalém, ressuscitando três dias depois. Em pouco
tempo, três anos, reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região
pregando a sua doutrina e fazendo milagres. Para as autoridades religiosas
judaicas ele era um blasfemo, pois se autodenominava de Messias. Não tinha
aparência e poder para ser o líder que libertaria a região da dominação Romana.
Para os Romanos, era um agitador popular. Após ser preso e morto, a tendência
era de que os seus seguidores se dispersariam e os seus ensinamentos fossem
esquecidos. Ocorreu o contrário. Espalharam-se pelo mundo pregando a sua
mensagem de amor, paz, restauração e salvação. Em Moçambique, a primeira igreja
foi erguida em Sofala (1505), e dois anos depois outra na Ilha de Moçambique.
Pouco depois foram construídas misericórdias e hospitais (Sena, Moçambique). A
difusão do cristianismo em Moçambique foi sempre muito difícil, dada a
permanente falta de missionários. Apenas a partir do século XIX, a Igreja
Católica iniciou uma acção mais sistemática, quer no campo da evangelização,
quer no campo educativo. Para tal fundou em Portugal o seminário de Cernache do
Bonjardim destinado a formar sacerdotes seculares para África e o Oriente,
tendo-se promovido a ida também de outros missionários religiosos de diversos
institutos (Franciscanos, Jesuitas, padres do Espírito Santo, Salesianos, etc).
Depois da Implantação República em Portugal (1910), esta ação decaiu bastante.
Os republicanos, ativos combatentes do Catolicismo, não tardaram em restringir
a ação da igreja, nomeadamente no campo educativo. Os Jesuítas são expulsos da
região do Zambézia. Com a ditadura (1926), as relações entre o Estado e a
Igreja melhoraram, o que possibilitou o desenvolvimento da missionação em
África e a consolidação da sua organização. Após a Independência de Moçambique,
em 1975, a Igreja Católica foi combatida pelo novo governo moçambicano, sendo nacionalizada
a maior parte das suas escolas e outras instalações. O pretexto foi o da sua
alegada ligação ao colonialismo português. A devolução destes recursos só
começou a fazer-se depois do Acordo de Paz (1992) que pôs fim a uma longa
guerra civil. O Catolicismo está disseminado por todo o país.
O Islamismo, iniciou a sua expansão no Séc.VII, d.C., quer para Oriente, quer para Ocidente. MUHAMMAD (S.A.W.), último Mensageiro de ALLAH (Deus), nascido em Meca, na Arábia, no ano 571 d.C., recebeu a revelação divina aos 40 anos em 611 d.C.. Este acontecimento marcou o início do seu trabalho como Mensageiro de ALLAH. O Povo de Meca nessa altura adorava ídolos. MUHAMMAD (S.A.W.) convidou-o para o Islamismo, alguns aceitaram, outros se recusaram, tornando-se inimigos dele. Ele continuou a pregar à mensagem divina e gradualmente o número de convertidos foi aumentando. No 12º ano da sua profecia em 622 d.C., emigrou de Meca para Madina. O Povo de Madina aceitou-o como líder e estabeleceu o primeiro Estado Islâmico em Madina. O Calendário Islâmico principia no primeiro dia da sua emigração. MUHAMMAD (S.A.W.) foi organizando os seus seguidores, para a difusão da mensagem de ALLAH, com muita paciência e prudência. Em pouco tempo, a mensagem do Islamismo, religião de paz, amor e tolerância, foi espalhada por toda a Arábia e vários países. Os Árabes iniciaram a sua campanha de conquista somente após a morte do Profeta em 632 d.C.. Damasco foi tomada em 635. A Mesopotânea em 637. Jerusalém, Bassorá e Ctesiphon em 638. Egipto e parte da Pérsia em 642. Líbia em 644 (Cartago). Tunis em 698. Cabul em 699. Tânger em 709. Em 711 entraram na Europa. No início do Séc.VIII, o poder muçulmano crescia também no Noroeste do Continente Africano. A sua difusão em Moçambique, sobretudo no norte e ao longo do litoral, ter-se-á feito através da costa, por intermédio dos Swahilis-Árabes (mestiçagem entre Persas, Árabes e nativos Bantus, grupo Bantu Central Yao). Até à 2º. Guerra Mundial o Islamismo circunscrevia-se ao litoral norte, com excepção de uma bolsa no Niassa (tribo dos Ajauas). A partir daí registou-se uma difusão para sul e interior do território, sendo o norte a região de maior implantação do Islamismo (tribos Macuas e Macondes). Quando rebentou a guerra de libertação, foi nesta região que a Frelimo teve a sua maior base de apoio entre a população. Nesta difusão do Islamismo teve um papel fundamental as confrarias sediadas na Ilha de Moçambique, mas também o clima criado pela reacção contra a cultura Ocidental produzido pelos movimentos pan-islâmicos e pan-africanos. Nos anos 1950 do século XX, o número de fieis rondariam os 600 mil. Nos anos 1960 assistiu-se a um rápido crescimento do seu número, registando-se em 1974 já um total de 1,2 milhões. Em 1982, segundo números oficiais estimavam-se em 2,249 milhões. O Islamismo está dissiminado por todo o país.
Diálogo Islâmico – Cristão
O Islamismo, iniciou a sua expansão no Séc.VII, d.C., quer para Oriente, quer para Ocidente. MUHAMMAD (S.A.W.), último Mensageiro de ALLAH (Deus), nascido em Meca, na Arábia, no ano 571 d.C., recebeu a revelação divina aos 40 anos em 611 d.C.. Este acontecimento marcou o início do seu trabalho como Mensageiro de ALLAH. O Povo de Meca nessa altura adorava ídolos. MUHAMMAD (S.A.W.) convidou-o para o Islamismo, alguns aceitaram, outros se recusaram, tornando-se inimigos dele. Ele continuou a pregar à mensagem divina e gradualmente o número de convertidos foi aumentando. No 12º ano da sua profecia em 622 d.C., emigrou de Meca para Madina. O Povo de Madina aceitou-o como líder e estabeleceu o primeiro Estado Islâmico em Madina. O Calendário Islâmico principia no primeiro dia da sua emigração. MUHAMMAD (S.A.W.) foi organizando os seus seguidores, para a difusão da mensagem de ALLAH, com muita paciência e prudência. Em pouco tempo, a mensagem do Islamismo, religião de paz, amor e tolerância, foi espalhada por toda a Arábia e vários países. Os Árabes iniciaram a sua campanha de conquista somente após a morte do Profeta em 632 d.C.. Damasco foi tomada em 635. A Mesopotânea em 637. Jerusalém, Bassorá e Ctesiphon em 638. Egipto e parte da Pérsia em 642. Líbia em 644 (Cartago). Tunis em 698. Cabul em 699. Tânger em 709. Em 711 entraram na Europa. No início do Séc.VIII, o poder muçulmano crescia também no Noroeste do Continente Africano. A sua difusão em Moçambique, sobretudo no norte e ao longo do litoral, ter-se-á feito através da costa, por intermédio dos Swahilis-Árabes (mestiçagem entre Persas, Árabes e nativos Bantus, grupo Bantu Central Yao). Até à 2º. Guerra Mundial o Islamismo circunscrevia-se ao litoral norte, com excepção de uma bolsa no Niassa (tribo dos Ajauas). A partir daí registou-se uma difusão para sul e interior do território, sendo o norte a região de maior implantação do Islamismo (tribos Macuas e Macondes). Quando rebentou a guerra de libertação, foi nesta região que a Frelimo teve a sua maior base de apoio entre a população. Nesta difusão do Islamismo teve um papel fundamental as confrarias sediadas na Ilha de Moçambique, mas também o clima criado pela reacção contra a cultura Ocidental produzido pelos movimentos pan-islâmicos e pan-africanos. Nos anos 1950 do século XX, o número de fieis rondariam os 600 mil. Nos anos 1960 assistiu-se a um rápido crescimento do seu número, registando-se em 1974 já um total de 1,2 milhões. Em 1982, segundo números oficiais estimavam-se em 2,249 milhões. O Islamismo está dissiminado por todo o país.
Diálogo Islâmico – Cristão
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